Imersões • Escolinha da Performance com Tita Maravilha 

Este encontro, em formato workshop, tem a  intenção de partilhar planos de ação para práticas performativas low budget e imersões em formatos não convencionais no domínio artístico.

Fracasso aqui será pensado como pedagogia. Metodologias do Caos enquanto potência criativa. Não como método, mas como pensamento dissidente que gera material criativo. 

Se viver de arte é sucesso, eu tô fudida!

Se desprender para re-olhar, de dentro pra fora e vice-versa, o aprendizado das pequenezas e busca pelo grito necessário da tigresa, numa possível “escolinha da performance”, conceito criado para tentar abarcar as infinitas possibilidades de movimentar as estruturas normativas.

Tita Maravilha

Roda de conversa •  Chemsex

O Chemsex é a abreviação de chemical sex, ou sexo químico, foi apresentado pelo assistente social e ativista australiano David Stuart no começo dos anos 2000. O termo denomina a prática de relações sexuais sob efeito de substâncias ilegais e psicoativas, normalmente sintéticas.

É preciso que haja um entendimento do que engloba a totalidade destas práticas, diante a crescente adesão dessa prática entre HSH (homens que fazem sexo com homens). Para que não sejam condenadas, é necessário debate civil em conjunto com o avanço de políticas públicas.  A atenção estatal deve (ou deveria) considerar e abranger a redução de danos de saúde mental, percorrendo o longo caminho de incluir corpas não normativas, em uma sociedade setorizada, de exclusão e extermínio.

A conversa entre Gustavo Gustrava, Marco Gonçalves, João Caldas e Vinicius Couto busca compreender quais são os cuidados, ainda que autogeridos pela comunidade LGBTQIAPN+, para promoção de entendimento profundo sobre nossas possibilidade de revolução, existência, segurança e auto-estima.

Mediação: Gustavo Gustrava

Participantes: Vinicius Couto, Marco Gonçalves, João Caldas e Maria Conde Moreno

Movimentos sonoros • IM NOT ZAYA, IM LIGHT, de Zaya (Performance)
Com participação de Deyv Chaves

Uma conversa estimulada pelo conforto de ser quem se é em paz, pela necessidade de ser vista por mim própria navegando a disforia, os desejos de pertencer que tanto se relaciona com a nossa comunidade e depois da raiva o que existe? O nada, a luz no medo. Trata-se de um diálogo com a Luz no vazio criado pela pluralidade de almas. Mensagens que transbordam do nada. Vozes e cânticos sonares, em eco, flechas de amor pelo espaço. Uma mensagem de relembrança, sou eu a intérprete dessa voz interior do espírito que se eleva nessa hora.

Zaya 

Nasceu Deyvson, em Minas Gerais e aos 18 anos Imigrou para Portugal. 

Hoje Deyv Chaves é autoconstrução e miscelânia, assim como os vários mundos que o cruzam, confluiriam como elementos da sua pintura - autodidacta, de experimentação, gutural, marcadamente neoexpressionista, ora queer e urbana, ora reminiscente de uma roça brasileira - assim como nas suas primeiras incursões em instalações e escultura. Devy resulta dessa busca por novas expressões e horizontes, para lá das limitações da vida, e da necessidade de reinvenção e metamorfose pessoais.

Movimentos sonoros • Yura (Dj Set)

YURA é DJ / Produtore / Curadore e Imigrante, membro fundador do coletivo VORAZ e do programa com o mesmo nome na rádio quântica.

Os seus sets combinam os sons de electro, funk, acid e house music, sempre com um toque de disco music. 

YURA é conhecide por sua presença na vida noturna de Lisboa, onde apresenta a VORAZ, uma festa feita para e pela cena queer underground. Tocou em várias festas e clubes de Lisboa, como Planeta Manas, LUX, Arroz Estúdios, MusicBox, Lounge, entre outros.

Em São Paulo foi residente da festa DANDO entre 2016 e 2018, e tocou em festas como BLUM, DSviante, Vai no House, Pop Porn, TENDA, entre outras.  

Entre um show e outro, produz novas músicas e comanda o programa mensal VORAZ na rádio Quântica, onde a festa começa…

Movimentos sonoros • Gira, de Toní Omolu (Performance)

Toní Omolu é uma artista híbrida que navega nas águas do teatro, da dança contemporânea e das danças de matriz africana do Brasil.

É membre co-fundadora do Coletivo Afrontosas, associação cultural nascida a partir de encontros de pessoas negras cuír ligadas ao mundo das artes, da educação e da celebração motivadas pela ausência de projetos que reflitam sobre a importância da negritude cuír da diáspora em Portugal em confluência com os trânsitos migratórios da América Latina, África e outras regiões.

Na programação de  PRO_CU•RAR•SE apresenta a performance Gira.

Circulo hermenêutico da saia – pré-compreensão e compreensão do cosmograma formado pelas saias que rodas incentivadas pelo giro do corpo. Saias na gira da circularidade que fazem o corpo expressar-se, giro em si mesmo, giro que circula pelo espaço, giro em salto, giro em círculo. Saias que ganham vida giratória quando o corpo gira em seu próprio eixo e também quando fora dele. Deslocamento do redemoinho do corpo-saias cujo vento exala e espalha o perfume e a pemba. 

Atenciosamente

Toní Omolu

Movimentos Sonoros •  Cigarra + Mani Tapes (Dj Set)

Movidos pelo senso de sobrevivência em comum, entre corpos dissidentes que se encontram, Cigarra e Mani Tapes acabam de engajar esta nova plataforma. 

Nas encruzilhadas, o marginal passa a ser nosso próprio centro e reinventamos uma força de viver onde antes parecia impossível respirar. Assim nosso ecossistema cresce, em rede, entrelaçados por nossas histórias e coletivos com a sede de expressão e luta. Lisboa e Barcelona são um exemplo disso, e assim, quando coletivos de ambas as cidades se cruzam, cresce a vontade de ultrapassar fronteiras e reafirmar a força decolonial que se desenvolve culturalmente em ambos os países.

Cigarra é dj, performer, produtora musical e agente cultural há 15 anos entre São Paulo e Lisboa. Seu crescimento na cena cultural se entrelaça com os projetos de ambas as cidades e com o engajamento na expressão artística dissidente.

Mani Tapes, Guiné Equatorial, é integrante dos coletivos dissidentes de Barcelona K25, Donthitalanegrx e Migranta, representa uma fusão de sons afrocentrados, herança principalmente Bantu com eletrônica contemporânea, funk e hard drums entre outros gêneros, criando narrativas focadas na dança e sua herança étnica que também conectam o público com a espiritualidade inerente à percussão tribal e suas formas.

Performance •  Remoto Controle, por Vinicius Couto (Performance)

Remoto Controle analisa os formatos de aprisionamento social dados pela indústria farmacêutica e seu consumo no ambiente doméstico, em como e quem são os corpos que ainda continuam sendo foco de vigilância. Esses corpos que ocupam lugares não normativos e em vulnerabilidades sociais estão diretamente ligados aos interesses públicos seletivos de perseguir, vigiar, punir e exterminar. Por outro lado, a analogia questiona as dualidades que a indústria propõe como acesso, manutenção dos corpos inseridos em seus "tratamentos" e geração de lucro. A fim de possibilitar novos imaginários sobre controles, Vinicius propõe uma performance denominada "Controle remoto" onde, de forma remota, convidados que representam lugares sociais de vigilância, divididos em pill-cells, controlam os movimentos do performer sem sair de casa. Dentro das complexidades do trabalho, a inversão dos papéis entre o vigilante e o vigiado é uma das reflexões que o trabalho promove, partindo da sexualidade e suas determinações como porta de entrada para as normas conservadoras heteropatriarcais. Objetos de sucção e descarte são utilizados para figurar os lugares que esses corpos representam como menos soberanos. Montados em uma espécie de panopticon, os participantes convidados são expostos a projeções enquanto comandam os movimentos da performance.

Movimentos sonoros • Casal Maravilha (DJ set)

Se sozinhos causam, imagina junto. Dj Foguinho e Tita Maravilha num encontro pós apocalíptico de referências para dançar nas mil e uma noites. 

Compatibilidade mp3, desde que se pegaram não desgrudaram então se liga na promoção, compra 1 leva 2.

De ressaca é coxinha de frango à braz. DJ7 sobre amar e ser mamada. Se preparem para Dezembro em Pirenópolis e Agosto em Linda-a-Velha.

Movimentos sonoros • Pussy in Flames de Keyla Brasil (Performance )

Não se trata de performance, não se trata de artes não se trata de porra nenhuma… apenas uma travestis fudida… que não tem nada na porra dessa vida a não ser sua buceta que solta fogo… aliás nem buceta ela tem porque travestis não tem buceta , travestis tem pau… não interessa se ela tem pau buceta porque ela não é homem nem e mulher ela é travestis.O que vai acontecer então ? Não vai acontecer nada, apenas uma travestis que não tem casa, não tem documentos, não tem nome em documentos, então o que resta pra ela? E o que resta pra todas .. a rua  para onde vão as travestis… ou seja nada de novidade, uma travestis da praça com o cu o pau e a buceta em chamas lutando pela vida … gritando pela existência…

Keyla Brasil 

Movimentos sonoros • Rezmorah (Performance)

Rezmorah é ume transviade espiritualizada, optimystica e positiva privilegiadamente indetectável. 

Erguida na música e na poesia, twice born pela performance art, grandes palcos e muitas ruas. Criade entre Brazil, Portugal, NYC e a Munda, transborda voz, som e multimédias através da corpa. 

Em PRO_CU.RAR.SE presenta um trabalho de live eletrônica, audiovisual; poesia eletrecutada, cinema explodido. Uma demi pista de sons por vezes dançantes, códigos trináries pós dramáticos e imagens fortes e suculentas.

Movimentos sonoros • SoundPreta (DJ set)

A pesquisa sonora de SoundPreta começou em 2016 no Brasil, lugar de onde chegam as suas inspirações musicais. Desde então o projeto cruzou muitas fronteiras até chegar às pistas, palcos, festas e performances de cidades como Porto, Lisboa, Berlim, Paris e Ponta Delgada.

Na sua investigação sonora foca-se em beats de Trap, Grime e Drill, mas também em Funk brasileiro e sonoridades eletrônicas como Miami Bass.

Enquanto produtora, SoundPreta está a frente da QUENGA evento urbano que celebra e privilegia os corpos Quyr e BIPOC, assina também a Making Love, uma festa de R&B, neo soul, Lo-fi Trap e outros. É a festa onde sonoridades novas e antigas fazem amor.

Soundpreta é uma resposta à pouca representatividade de DJ’s e produtoras negras no cenário português.