As islandesas Pascal Pinon têm vindo a fascinar plateias por todo o mundo. Ásthildur e Jófríður Ákadóttir fundaram a dupla em 2009 e lançaram o primeiro disco quando ambas tinham apenas 14 anos. O novo disco, Sundur, é o documento mais cru e diverso que lançaram até hoje, explorando uma influência folk e um som minimalista com o inconfundível toque islandês. As Pascal Pinon actuam em Lisboa numa das duas datas que marcam a sua estreia em Potugal. Um concerto naturalmente imperdível.
Antoine Gilleron dj set no resto da noite.
O músico de Nashville, habitual nas últimas formações dos Lambchop, com um percurso que inclui passagens pelos Silver Jews ou pela banda de Bonnie ‘Prince’ Billy, entre outros, é um desses guitarristas que conseguem emocionar sem dizer uma única palavra. As suas composições soam belas e evocadoras: música americana de espaços abertos e de estradas secundárias. Este ano chegou o belíssimo Modern Country (Merge), disco em que o norte-americano conta com colaborações de luxo como as de Phil Cook e Glenn Kotche (Wilco) ou Darin Gray (Tweedy, Jim O’Rourke). Nas palavras do próprio William Tyler, Modern Country é uma “carta de amor que narra o que se está a perder nos Estados Unidos da América, e ao mesmo tempo aquilo que já se perdeu”. Em Modern Country respiram-se as auto-estradas americanas e as suas paisagens, as ciudades pequeñas e as estradas secundárias. William Tyler está em estado e de Graça e esta é mesmo a melhor altura para se perceber quão essencial é a música que está a fazer. Um concerto imperdível.
Hannah Epperson nasceu no Utah, cresceu no Canadá e vive em Brooklyn. A sua história diz-nos que estudou violino com formação clássica mas que abandonou as suas regras para procurar – e encontrar – o seu próprio caminho. E a verdade é que Hannah Epperson encontrou um caminho entusiasmante. Por onde passa, a canadiana deixa um rasto de devoção – foi assim em Fevereiro, quando se apresentou em Espinho e Lisboa. Com um violino, uns pedais de loops e com a sua voz pura, Hannah Epperson cria canções pop irresistíveis, plenas de magia e emotividade. Sem surpresas, junta-se à fornada de músicos que se formaram no conservatório mas que preferiram subverter as fronteiras da música popular: a harpa de Joanna Newsom, o violoncelo de Wes Swing e Ben Sollee, o contrabaixo Nat Baldwin e Arthur Russell e o violino de Andrew Bird, Owen Pallett ou Patrick Wolf. Depois de ter-se apresentado a solo, Hannah Epperson regressa a Portugal desta vez em formato duo.
Imperdível.