Quartas no Pátio – Cinema em Agosto – “Medea” de Pier Paolo Pasolini

“Medea”, Pier Paolo Pasolini
(1969) 118m.

Termina em grande, o ciclo de cinema ao ar livre no pátio da Casa Independente, com o magistral “Medea” de Pasolini.

Pasolini adapta a tragédia grega de Eurípedes e recria o mito de Medeia no grande ecrã com a divina Maria Callas, no seu único papel para cinema.
Uma Callas magnética, personifica em “Medea” a paixão e a força vingativa da mulher traída, heroína insubmissa que não se ajusta às leis dos homens e procura libertar-se da subjugação moral.

Com dois momentos, Pasolini inicia o filme com o mito de Centauro centrado na questão da origem, é na segunda parte que o filme se centra na peça de Eurípedes.

Em traços muito gerais: Medeia princesa da Cólquida, filha do Rei Aietes, ao ajudar o argonauta Jasão na conquista do velocino de ouro, apaixona-se por este e fogem para Corinto. Alguns anos mais tarde, Medeia, mãe de três filhos, descobre que Jasão a trai.
Decide iniciar um plano de vingança sanguinário contra Jasão.

“Medea” de Pasolini é uma obra de grande fulgor cinematográfico, ambígua e trágica por excelência.

Quartas no Pátio – Cinema em Agosto – “Martha” de Rainer Werner Fassbinder

“Martha”, Rainer Werner Fassbinder (1974) 116m.

 

“Martha” melodrama realizado para televisão por R.W. Fassbinder, é o quarto filme do ciclo de cinema de Verão.
Fassbinder, figura maior do Novo Cinema Alemão, questionou sempre nos seus filmes a complexidade da Alemanha do século XX e a sombra do nazismo.
Martha (Margit Cartensen) personagem principal é aqui a representação da figura oprimida em todos os sentidos.
Ao libertar-se de um pai opressor, torna-se logo a seguir vítima de um marido que a aprisiona dentro de casa, tornando-se refém física e psicologicamente deste, o que a leva em última instância a ficar também refém da sua da sua própria loucura.
Helmut Salomon (Karlheinz Böhm) o marido, é o símbolo do machismo e do legado do horror nazi.
Obra brilhante de forte pendor teatral, actua como um espelho da maldade humana e de uma sociedade refém da sua história passada.

Quartas no Pátio – Cinema em Agosto – “Odete” de João Pedro Rodrigues

“Odete” de João Pedro Rodrigues
(2005) 97m.
João Pedro Rodrigues cineasta português, quiçá dos mais prodigiosos do nosso país, cria em “Odete” – o seu segundo filme depois da estreia na longa duração com o assombroso “Fantasma”, um melodrama alucinado, realista e fantástico.
Continua com este filme a percorrer os caminhos mais obscuros do desejo.
Esta é a história de um triângulo amoroso impossível; Odete, Pedro e Rui, e a força do cinema de trazer à vida o que parecia irremediavelmente traçado.
Ana Cristina de Oliveira é Odete, funcionária de um hipermercado, personagem emocionalmente instável, deseja ter um filho e decide levar esse desejo até às últimas consequências.
Pedro morre num acidente de viação, no plano inicial do filme, numa cena arrepiante de tão bela e dramática ao mesmo tempo, depois de ter celebrado um ano de namoro com Rui.
Odete idealiza estar grávida de Pedro, seu vizinho, no dia do seu velório.
E, a partir daí, deixa-se apoderar por essa obsessão de trazer Pedro à vida, assim começa a sua metamorfose…
“O amor é mais forte que a morte”

Quartas no Pátio – Cinema em Agosto – “Marnie” de Alfred Hitchcock

“Marnie” de Alfred Hitchcock
(1964) 130 m.

 

O ciclo Quartas no pátio | Cinema em Agosto, deveria ter começado a semana passada – no entanto por questões burocráticas, só esta semana foi possível iniciar o mesmo.

Desta forma o filme Marnie – Alfred Hitchcock, que deveria ter sido exibido no passado dia 2 de Agosto passa para dia 9 de Agosto.

A lista dos restantes filmes mantém-se, sendo que infelizmente o filme “Gloria” de John Cassavetes ficará para outra próxima oportunidade.

Pedimos desculpa pela alteração.

 

Filme singular na obra de Alfred Hitchcock, “Marnie” de 1964 narra em traços gerais, a história de uma personagem feminina – Tippi Hedren no papel principal: mitómana e cleptomaníaca, a sua especialidade é utilizar identidades falsas e disfarces para aplicar golpes em empresários, roubando pequenas fortunas.

Ao empregar-se na empresa de Mark Rutland (Sean Connery), este apaixona-se imediatamente por Marnie.
Ao descobrir que foi roubado, Mark tem uma atitude inusitada: casa-se com a ladra. Descobre que o seu verdadeiro nome é Marnie, e que tem uma profunda aversão por homens. Casou-se apenas para não ser presa, é então que Mark tenta desvendar os caminhos tortuosos da nova esposa.

Intriga, tensão e humor, filme considerado por muitos como o último da época de ouro de Alfred Hitchcock, o mestre do suspense adapta “Marnie” do romance homónimo do escritor inglês Winston Graham.

Encontro marcado no pátio em Agosto, para o primeiro filme da temporada.

legendado em português

Com o apoio da Restart – Instituto de Criatividade Artes e Novas Tecnologias

CANCELADO – Quartas no Pátio – Cinema em Agosto

Por motivos de força maior a sessão de cinema Marnie de Alfred Hitchcock – Quartas no pátio | Cinema em Agosto foi cancelada.
Mais informação em breve.

 

 

“Marnie” – Alfred Hitchcock (1964) 130 m.

Filme singular na obra de Alfred Hitchcock, “Marnie” de 1964 narra em traços gerais, a história de uma personagem feminina – Tippi Hedren no papel principal: mitómana e cleptomaníaca, a sua especialidade é utilizar identidades falsas e disfarces para aplicar golpes em empresários, roubando pequenas fortunas.

Ao empregar-se na empresa de Mark Rutland (Sean Connery), este apaixona-se imediatamente por Marnie.
Ao descobrir que foi roubado, Mark tem uma atitude inusitada: casa-se com a ladra. Descobre que o seu verdadeiro nome é Marnie, e que tem uma profunda aversão por homens. Casou-se apenas para não ser presa, é então que Mark tenta desvendar os caminhos tortuosos da nova esposa.

Intriga, tensão e humor, filme considerado por muitos como o último da época de ouro de Alfred Hitchcock, o mestre do suspense adapta “Marnie” do romance homónimo do escritor inglês Winston Graham.

Encontro marcado no pátio em Agosto, para o primeiro filme da temporada.

Quintas no pátio | Cinema em Agosto – “Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos”, de Pedro Almodóvar (filme)

Dedicamos o mês de Agosto a um ciclo de cinema ao ar livre sob o mote do Verão.
À volta de filmes com afinidades à época estival e as relações dos mesmos com casas, de forma mais simulada está também subjacente nestas escolhas uma certa representação de figuras femininas estereotipadas.

Por último, dia 25, o ciclo termina em beleza com a comédia melodramática – “Mulheres à beira de um ataque de nervos”, de 1989 do cineasta espanhol Pedro Almodóvar, quiçá o seu filme mais conhecido e premiado, rodeado das “chicas de Almodóvar” Carmen Maura, Rossy de Palma e Julieta Serrano, este filme é um clássico almodovariano. Destaque para os cenários, o guarda-roupa, os pormenores dos objectos e os diálogos hilariantes, tudo isto com a prestação maravilhosa das actrizes e o clima excessivo dos anos 80 no seu melhor.

Quintas no pátio | Cinema em Agosto – “O Pântano”, de Lucrecia Martel (filme)

Dedicamos o mês de Agosto a um ciclo de cinema ao ar livre sob o mote do Verão.
À volta de filmes com afinidades à época estival e as relações dos mesmos com casas, de forma mais simulada está também subjacente nestas escolhas uma certa representação de figuras femininas estereotipadas.

Dia 18, chega “O Pântano” de 2001, da cineasta argentina Lucrecia Martel, duas famílias de férias numa casa nas pampas, filme pejado de metáforas visuais, a decadência e ambiguidade da classe média argentina à volta de uma piscina fétida, os conflitos e as tensões entre ambas, num filme poderoso de uma cineasta obrigatória.

Quintas no pátio | Cinema em Agosto – “O desprezo”, de Jean-Luc Godard (filme)

Dedicamos o mês de Agosto a um ciclo de cinema ao ar livre sob o mote do Verão.
À volta de filmes com afinidades à época estival e as relações dos mesmos com casas, de forma mais simulada está também subjacente nestas escolhas uma certa representação de figuras femininas estereotipadas.

Segue-se dia 11 de Agosto, um dos filmes ícones de Jean-Luc Godard, “O Desprezo” de 1963 com a deslumbrante Brigitte Bardot, e inspirado num romance de Alberto Moravia. É um filme sobre os meandros da industria cinematográfica, e a crise que se instala na relação do casal das personagens principais (Bardot e Michel Piccol no papel de seu marido), rodado grande parte na deslumbrante vila de Malaparte na Ilha de Capri em Itália.

Quintas no pátio | Cinema em Agosto – “À flor do mar”, de João César Monteiro (filme)

Dedicamos o mês de Agosto a um ciclo de cinema ao ar livre sob o mote do Verão.
À volta de filmes com afinidades à época estival e as relações dos mesmos com casas, de forma mais simulada está também subjacente nestas escolhas uma certa representação de figuras femininas estereotipadas.

Assim sendo surgem as Quintas no Pátio | Cinema em Agosto com início a 4 de Agosto, e começa da melhor forma com um filme português.

Para este início, o filme de 1986 “À Flor do Mar” de João César Monteiro – cineasta infelizmente já desaparecido e que é talvez mais conhecido pela personagem que criou à volta dos filmes da última fase da sua vida – o idiossincrático João de Deus. Aqui com um dos filmes de “transição”, período anterior ao filme “Recordações da Casa Amarela” e talvez menos conhecido.
Uma família (só mulheres à excepção de um dos filhos) de férias numa casa de verão isolada no Sotavento Algarvio, envolvidas num clima de conspiração com gangsters à mistura.