“Medea”, Pier Paolo Pasolini
(1969) 118m.
Termina em grande, o ciclo de cinema ao ar livre no pátio da Casa Independente, com o magistral “Medea” de Pasolini.
Pasolini adapta a tragédia grega de Eurípedes e recria o mito de Medeia no grande ecrã com a divina Maria Callas, no seu único papel para cinema.
Uma Callas magnética, personifica em “Medea” a paixão e a força vingativa da mulher traída, heroína insubmissa que não se ajusta às leis dos homens e procura libertar-se da subjugação moral.
Com dois momentos, Pasolini inicia o filme com o mito de Centauro centrado na questão da origem, é na segunda parte que o filme se centra na peça de Eurípedes.
Em traços muito gerais: Medeia princesa da Cólquida, filha do Rei Aietes, ao ajudar o argonauta Jasão na conquista do velocino de ouro, apaixona-se por este e fogem para Corinto. Alguns anos mais tarde, Medeia, mãe de três filhos, descobre que Jasão a trai.
Decide iniciar um plano de vingança sanguinário contra Jasão.
“Medea” de Pasolini é uma obra de grande fulgor cinematográfico, ambígua e trágica por excelência.